
X DESENVOLVIMENTO X
Interpretar como suas emoções
Os seus olhos, o sorriso, o modo de franzir o nariz … Vamos interpretar os sentimentos do seu filho, apenas observando o seu rosto.

CURIOSIDADE
> Olhos muito abertos, um olhar que segue a fonte de interesse e os lábios afastados. Está fascinado por um objeto. Mas atenção: pode fartar-se num instante! De acordo com os especialistas, se mostrarmos a um bebé uma sequência de imagens de rostos felizes, o seu interesse vai esmorecer, para voltar a despertar-se se lhe mostrarmos uma cara triste. O interesse do bebé deve ser estimulado através de ações simples e repetidas, como atirar objetos ao chão, com as quais pode aprender sequências lógicas, como a causa e efeito.
DESCONFIANÇA ZANGA ALEGRIA MEDO TRISTEZA SURPRESA DESAGRADO
> O bebé agarra-se à mamã, está um pouco rígido, e tem o olhar fixo. Aos seis meses, já não sorri para toda una gente. E, se um estranho tenta olhá-lo nos olhos, corre o risco de o fazer chorar. É melhor esperar pelo primeiro gesto descontraído do pequeno, ou seja, que ele dê o primeiro olhar. A desconfiança não deve ser desvalorizada, já que se trata de um sinal de maturidade e significa que o bebé se deu contacta de uma invasão da sua vida privada, à qual respondeu com desconfiança.

> Rígido, com os músculos tensos e os olhos fechados. O choro é forte. Os motivos? Não consegue pegar em algo, tenta mexer-se para a frente, não quer ser vestido, ou estão a mudar-lhe a fralda, ou então fica bloqueado ao tentar fazer uma coisa que já tinha conseguido antes. A zanga nasce quando é contrariado na “intenção de uma ação”. Um bebé que está zangado não deve ser deixado só com esse sentimento, pensando que, mais cedo ou mais tarde, se vai acalmar.

> O rosto ilumina-se, sorri e ri às gargalhadas. O que desencadeia o seu riso? Um estudo americano, levado a cabo com dez bebés de 4-12 meses, descobriu que a maioria deles se ria com os estímulos mais fortes, enquanto os outros o faziam com as situções mais inesperadas. Porque é que antes dos dois meses não existe sentido de humor? Porque este deriva do contacto entre o que se espera e o que não se espera e, nessa idade, os limites entre as sensações ainda não estão bem controlados.
> Pode ficar sem se mexer ou tremer de choro. O medo é inevitável e fisiológico a partir dos dois meses, altura na qual as áreas docérebro que regem as emoções já estão completas. No entanto, para que o seu rosto desenhe algo mais do que a incerteza, é preciso esperar até ao oitavo mês. De acordo com alguns especialistas, o medo alimenta-se do próprio medo e, por isso, para o sentir é preciso já o ter experimentado, fixado na memória e, mais tarde, reencontrá-lo.

> Até mesmo os bebés pequeninos muito podem sentir-se tristes. E também reconhecem a tristeza no rosto dos outros. Investigadores da Universidade de Berkeley (Estados Unidos) elaboraram a seguinte experiência: depois de mostrarem a alguns bebés, com menos de 9 meses, uma foto de um rosto feliz e outra de um rosto triste, verificaram que o olhar de cada bebé ficava mais tempo fixo na expressão que melhor correspondia ao seu estado de ânimo naquele momento.
> Olhos muito abertos, sobrancelhas arqueadas e boca aberta. Esta emoção pode transformar-se em medo ou em algo positivo. Por exemplo, o bebé sabe que uma caixa é um objeto sólido e, por isso, fica muito admirado quando ela, de repente, se abre para saltar de lá um palhaço com uma mola. Os especialistas que estudam o comportamento dos bebés verificaram que, se é a mamã quem mostra a caixa ao seu filho, o ritmo cardíaco do bebé torna-se ligeiramente mais lento. Se, pelo contrário, se trata de um estranho, o ritmo acelera.
> Em contacto com um novo sabor, todos os bebés reagem do mesmo modo. Foi o que demonstrou Jacob Steiner, da Universidade Hebraica de Jerusalém ao descobrir que, deixando cair umas gotinhas de água açucarada na língua dos bebés, estes sorriem e lambem a boca. Pelo contrário, se for um ácido cítrico, dá-se uma espécie de arrepio. E com um sabor salgado? A expressão facial não varia. O que o rosto exprime nem sempre constitui uma perceção consciente.
X SAÚDE X
Hérnia no bebé
A hérnia umbilical e a inguinal são dois problemas muito frequentes nos primeiros anos do bebé. Como fazer para as reconhecer e enfrentar?

HÉRNIA UMBILICAL
Trata-se de um dos tipos de hérnia mais frequente nos recém-nascidos, principalmente nos bebés prematuros.
> Costuma manifestar-se logo ao nascimento, mas torna-se mais evidente ao longo das primeiras semanas, quando o bebé chora. Os gemidos do bebé aumentam a pressão no interior da barriga, fazendo inchar ligeiramente o seu abdómen. Consequentemente, a pequena tumefação fica mais visível porque está localizada exactamente em cima da cicatriz do cordão umbilical. > Trata-se apenas de um problema estético, que não põe em causa o bem-estar e a saúde do bebé. Na maioria dos casos, resolve-se de forma espontânea antes dos três anos, graças ao desenvolvimento natural da musculatura abdominal. > Como tal, não é preciso fazer nenhum tratamento: por exemplo, não há que recorrer a faixas umbilicais nem a pensos, tratamentos que eram usados noutros tempos, para acelerar a redução da hérnia. Estas eram soluções inúteis e potencialmente nocivas, que podiam provocar irritações na pele delicada do bebé e até mesmo contrariar o processo natural de fecho do anel umbilical. > A hérnia umbilical só precisa de ser operada num número extremamente reduzido de casos, quando não se resolve espontaneamente ao longo dos 3-5 primeiros anos de vida. A cirurgia requere anestesia geral, dura cerca de meia hora e é realizada em regime ambulatório, pelo que não é necessário um internamento após a operação. HÉRNIA INGUINAL > Por outro lado, nas meninas, durante a vida fetal, o canal peritoneo-vaginal aloja o ligamento que suporta o útero. Se este canal não se fecha ao nascer, o ovário (e, às vezes, um pouco do intestino) pode deslizar. No entranto, o problema é mais raro nas meninas do que nos meninos. > Em ambos os casos, o problema manifesta-se através de um característico inchaço localizado na virilha, sinal de que ocorreu uma malformação do canal inguinal, o que fez com que a hérnia se desenvolvesse. A gravidade da situação vai dependder das características da hérnia. > A forma menos grave é a hérnia directa, que acontece quando o pedaço de intestino, ou do ovário, se desloca para cima e para baixo no canal peritoneo-vaginal. O médico consegue levar o inchaço a subir para o abdomen do bebé através de uma simples pressão na virilha. > A hérnia indireta é mais grave: neste caso, o troço do intestino (ou do ovário) está comprimido no canal e, por esse motivo, o refluxo do sangue venoso torna-se lento. A zona afetada pela hérnia distende-se, incha e pode estrangular. Consequentemente, o sangue arterial não consegue chegar ao troço intestinal, ou ao ovário, que corre assim o risco de sofrer uma necrose (no caso dos meninos, o testículo também pode ser afetado). O QUE FAZER > Se a hérnia é direta, a operação pode ser programada, decidindo com calma a data da sua realização, principalmente se a criança tiver mais de um ano. Pelo contrário, há que intervir com urgência se houver sinais que levem a suspeitar de uma estrangulação: se, por exemplo, não se conseguir reduzir o inchaço, se a parte afetada der muito e a criança estiver irritável, chorar e se queixar. Para realizar a cirurgia, terá de se dirigir a um hospital com serviço de cirurgia pediátrica. A operação pode ser realizada em regime ambulatório, o que permite voltar para casa no mesmo dia, e requere anestesia geral.
> Este tipo de hérnia é causada pelo fecho incompleto do anel umbilical, o ponto por onde, durante a vida intrauterina, passavam as veias e artérias que asseguravam o oxigénio e o alimento ao feto. A sua presença deve-se à saída de uma pequena parte do intestino, coberta apenas por pele e pelo peritoneu (a membrana que cobre, sob a parede abdominal, os intestinos).

> Durante a vida fetal, os meninos têm um pequeno canal ao nível da virilha que permite a migração dos testículos do abdómen para o escroto: é o canal peritoneo-vaginal que, geralmente, se fecha na altura do nascimento ou ao longo do primeiro ano de vida. Quando, devido a alguma malformação, o canal permanece amplamente aberto, um pequeno pedaço do intestino pode-se deslocar, provocando a hérnia inguinal.
A hérnia inguinal deve ser sempre tratada com cirurgia, pelo que não existem tratamentos alternativos. A duração da operação varia de acordo com a gravidade do problema.
X LACTÂNCIA X
5 truques para ter mais leite
Proibidos os medos e os mitos: com os conselhos adequados, a amamentação é muito mais simples.

Dar mama ao bebé assim que ele nasce é o melhor segredo para iniciar uma amamentação de sucesso, ainda que existam outros “truques” para o conseguir. Em seguida vamos-lhe oferecer os conselhos dos especialistas para manter uma produção de leite abundante, satisfazer as necessidades do bebé e reforçar a confiança em si mesma. Na verdade, dar de mamar é o comportamento mais natural do mundo, ainda que, por vezes, algumas mulheres tenham medo de não ser capazes de o fazer corretamente.
1. RELAX PARA OS DOIS > O stress também pode ter um efeito negativo na produção das hormonas que regulam a lactância (em especial, a oxitocina). É por isso importante que a mamã, uma vez em casa, se permita uma pausa para descansar. Pode pedir ajuda ao seu companheiro, a um familiar ou a alguém próximo. Convém evitar qualquer ocupação que exija esforço físico, e ficar deitada no sofá ou na cama, junto ao bebé, descansando quando ele dorme e alimentando-o sempre que ele peça. Além disso, é imprescindível que dedique algum tempo a si mesma e a atividades relaxantes, como um banho de imersão ou ler um livro. Assim, o bebé terá livre acesso ao peito e poderá aumentar, de forma natural, o seu ritmo de sucção. Por seu lado, a mamã poderá recuperar do esforço do parto e habituar-se ao novo ritmo de vida em família. 2. PÔR O BEBÉ AO PEITO CORRETAMENTE > Abarca toda a aréola e não apenas o mamilo. > Tem o lábio inferior visivelmente saído para fora. > Enterra o nariz no peito. > Bebe fazendo ruído. > Dá “esticões” ao peito, que não são dolorosos para a mamã. > Para saber se o bebé agarra bem o peito e recebe a quantidade certa de leite, deve certificar-se de que urina de forma abundante (o pequeno deve molhar, no mínimo, cinco a seis fraldas por dia) e que o xixi é de cor clara. 3. UMA MASSAGEM SALUTAR > Para resolver o problema, pode fazer uma massagem que reativa o fluxo do leite, ao estimular a produção da hormona oxitocina. É feita com as mãos e atua sobre os pontos nervosos reflexos que, provavelmente, têm correspondência com a hipófise. Deste modo, a glândula estimulada produz a oxitocina, a hormona que permite a produção de leite. > Existem dois tipos de massagem para este fim: uma mais simples, que pode ser feita pelo companheiro, e outra, mais complexa, que terá de ser aplicada por um fisioterapeuta. > No primeiro caso, exercem-se algumas pressões bastante enérgicas, com os polegares, nos músculos paralelos à coluna e situados em cada espaço entre uma vértebra e a outra. A massagem começa na zona cervical e desce até à lombar. Deve-se repetir várias vezes, sempre na mesma direção. > O fisioterapeuta efetua a massagem profissional mediante pressões fortes, com os dedos, nos rins. Em geral, são precisas três sessões. Em cerca de 80% dos casos, o leite regressa de forma abundante. 4. OITO REFEIÇÕES POR DIA, NO MÍNIMO > Graças à sucção frequente do bebé, as células dos ácinos mamários que produzem o leite aumentam a sua atividade. Também aumenta o número de recetores destinados a captar a mensagem da prolactina. Tal leva à revitalização das estruturas da glândula mamária, melhorando e prolongando a produção do alimento materno. > A sucção frequente do bebé faz aumentar a produção de leite e atua também no fator tempo, garantindo uma lactância prolongada. 5. MEDICAMENTOS E FITOTERAPIA > Se a produção de leite diminuiu muito, pode recorrer a um medicamento cujo princípio ativo costuma ser utilizado para tratar problemas de estômago, e que tem o efeito secundário de aumentar a produção de leite. De acordo com o seu folheto informativo, este medicamento não é indicado durante a gravidez, mas o seu consumo não é perigoso se apenas recorrer a ele quando todas as outras soluções falharam. Não esquecer que só pode ser tomado por indicação do médico, que definirá as doses e os tempos.
> A calma e a serenidade são os ingredientes principais para dar bem mama e fazer com que a produção de leite seja abundante. Pelo contrário, a ansiedade e o nervosismo não são bons aliados, principalmente nos primeiros dias a seguir ao nascimento, quando se deve estabelecer, entre a mãe e o filho, o ritmo natural que irá pautar os momentos da nutrição.
> O bebé tem o papel de “mestre” da lactância: quanto mais mama, mais aumenta a secreção do alimento materno, uma vez que a mama é capaz de “avaliar” as suas necessidades e adaptar-se a elas. Inicialmente, é importante certificar-se de que o bebé agarra o peito de forma adequada, para que possa tomar a quantidade de leite que necessita. A amamentação é adequada quando o bebé:

Em alguns casos, a produção de leite parece diminuir de repente.
> É muito importante que dê mama no mínimo oito vezes por dia, para que não haja intervalos demasiado grandes entre as refeições. Convém, principalmente, que siga este ritmo durante as primeiras quatro a seis semanas, que são as de regulação do peito, um período de “rodagem” em que a glândula mamária atinge a sua potencialidade máxima.
> Existe uma planta, a erva-galega, capaz de aumentar a quantidade de leite materno. No entanto, não há provas científicas que validem esta crença. De qualquer modo, se decidiu recorrer à fitoterapia, não deve consumir mais de duas chávenas de infusão desta erva por dia, já que os seus princípios ativos podem concentrar-se no leite e tornar-se excessivos para o bebé.
XPÓS-PARTOX
Sexo: apetece-lhe?
Quando nasce um bebé, é natural que o desejo e a paixão passem para segundo plano. Como recuperar a intimidade do casal? Descubra-o respondendo a este teste.

x1x Nos últimos tempos, as vossas relações íntimas são do tipo…
A > O que é que o bebé fez hoje? – pergunta 2.
B > Quem faz o quê amanhã? – pergunta 3.
x2x Ao fim do dia, para si, não há nada melhor que…
A > Uma boa noite de sono – pergunta 4.
B > Um longo banho – pergunta 5.
x3x De noite, quando o bebé já dorme, o casal pode finalmente…
A > Conversar sem ser interrompido – pergunta 5.
B > Fazer “malandrices” no sofá – pergunta 6.
x4x O seu desejo está apagado, mas se ele a despe com os olhos… x5x Para recuperar a cumplicidade que tinha antes com o seu companheiro precisaria de… x6x Vê-o a aproximar e parece-lhe tão sedutor como já não lhe parecia há muito tempo. Entretanto, o que pensa é… x7x O que deita mais à cara do seu companheiro é… x8x Desde que o bebé chegou, a sua sensibilidade erótica… x9x Para voltar a sentir-se feminina, precisaria de.. x10x A pergunta que mais se coloca a respeito do seu companheiro é: porque é que ele… x11x Fazemos sexo algumas vezes, mas… .A. SEXO KO > Tenha cuidado; quanto mais o tempo passa, mais complicado é voltar a acender a chama mágica da paixão. No entanto, ainda não está tudo perdido se está a ler estas palavras. O que pode fazer? Comece com beijos, abraços envolventes e muito carinho. É algo que pode fazer mesmo se estiver muito cansada e é uma boa forma de começar. .B. SEXO OK > Escutando a vossa música preferida, em vez de ficar hipnotizados frente à televisão; escrevendo um ao outro bilhetinhos picantes, e não apenas listas de compras; acariciando o outro, mesmo com a roupa vestida. Nada é mais excitante que a impossibilidade de satisfazer o desejo de forma imediata! .C. SEXO WOW!
A > Deixa-o continuar, sem mexer um músculo – pergunta 7.
B > Congela o entusiasmo dele, com um: “Agora não é o momento…” – pergunta 9.
A > Incendiar-se com novas fantasias – pergunta 7.
B > Experimentar novas posições – pergunta 8.
A > “Quantas mulheres lhe tirarão as medidas, enquanto estou com o bebé?” – pergunta 8.
B > “Quando quero, consigo mesmo excitá-lo…” – pergunta 11.
A > Pensas mais no trabalho que em nós dois – pergunta 9.
B > Já não me dizes coisas bonitas…– pergunta 10.
A > Adormeceu – pergunta 10.
B > Aumentou – pergunta 11.
A > Um fim de semana romântico com ele – PERFIL B
B > Um milagre! – PERFIL A
A > … já não me trata como a uma princesa? – PERFIL A
B > … me trata como se eu fosse de cristal? – PERFIL C
A > Podíamos fazer muito mais! – PERFIL C
B > Nunca temos tempo para fazer como deve ser! – PERFIL B
> Ai, ai, ai… devia procurar mais tempo e vontade para poder desfrutar de momentos íntimos com o seu companheiro. Mas como superar o cansaço? O que fazer se cuidar do bebé absorve todo o seu tempo e a sua energia?
> Para vocês, nunca faltou a vontade de fazer amor e sabem aproveitar bem as pausas que o bebé concede. É claro que a qualidade das relações poderia melhorar, porque falta a certeza de não serem interrompidos no melhor momento. De qualquer forma, podem sempre usar a imaginação para despertar o desejo. Como?
> Alguma vez pensou que ter um filho poderia despertar deste modo a vossa sensualidade e deixar-vos mais apaixonados do que nunca? O facto de cultivar um projeto tão importante tornou-vos ainda mais unidos, e a vossa sexualidade é que saiu a ganhar. Agora que estão completamente comprometidos, é também o melhor momento para expressar o vosso lado mais transgressor.
> Podem deixar o bebé com os avós, ou com amigos de confiança, e ir passar uma noite fora, para “brincar” aos amantes, sem pensar que o bebé está no quarto ao lado.
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OBRIGADO POR NOS LER
Receberá o próximo número
da revista em duas semanas
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